terça-feira, 11 de julho de 2017

Por poder te conhecer(-se)

É curioso e engraçado as diferentes mutações que ocorrem conosco diariamente. Dependendo do lugar em que estamos ou com quem estamos adquirimos comportamentos diferentes. Dificilmente vamos ser com a nossa família do jeito que somos com nossos amigos, ou então com nossos parceiros. E isso me faz pensar o quanto conhecemos as pessoas que estão ao nosso redor e o quanto nós mesmos nos deixamos conhecer. Não é novidade nenhuma que algumas pessoas, depois de muito tempo de convivência, percebem que na verdade nunca conheceram a pessoa que estava ao seu lado. E isso é muito doido porque nós só conhecemos aquilo que as pessoas mostram para nós, aquilo que elas querem ou estão dispostas a mostrar. Ou seja, só vamos conhecer um lado da pessoa, ou diversos lados, que ela quer mostrar para a gente ou acabam sendo relevados com o passar do tempo. Mas fico me perguntando, será que as pessoas mais próximas de mim eu conheço verdadeiramente?
Talvez ao se deparar com a pessoa em outro ambiente e em outros contextos seja possível conhecer algumas das muitas facetas que ela tem e que nós mesmos também temos. Mas como é que conseguimos conhecer realmente alguém se estamos em constante mudança e não conhecemos nem a nós mesmos?
Talvez seja uma questão de olhar, de percepção. Um ex namorado ciumento possessivo pode vir a ser um atual completamente tranquilo. Pode ser uma questão de encontros e outros comportamentos a partir desses, uma questão de se sentir a vontade ou de maior intimidade, uma questão de lugares e situações diversas que vão interferir em todo esse conhecer.
Questões não me faltam com relação a este assunto... Será que algum dia seremos capazes de conhecer alguém completo e inteiramente? E será que este alguém será nós mesmos?


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